Páginas

domingo, 8 de setembro de 2013

QUEM ME REPRESENTA...

Quem me representa...


  1.  É Aquele que exerce sua atividade profissional guiado por um Ideal e pela Ética e não prostitui esses princípios fundamentais em função de “valores de mercado” ou de interesses espúrios;
  2.  É um especialista em sua área específica: seja Humanas ou Exatas – mas que não deixa de preservar em sua origem a Condição de Humanidade;
  3. Não se ilude pela ostentação desse mundo materialista/capitalista onde temos por tendência: perseguir, valorizar e invejar – a acumulação de riquezas, privilégios e poderes, além do que realmente precisamos neste ciclo. 

Assim, na Política tradicional essa ótica de representatividade é violada, pois:

Nesse sistema distorcido, elegemos personagens que se “perpetuam” em cargos legislativos e executivos pelo dito voto cidadão.

Na prática esse modelo eleitoral é sustentado por => Poder econômico; Propaganda enganosa; e, Falsas promessas...

Se essa estrutura fosse minimamente ética e não uma forma de garantir e preservar privilégios => esses personagens teriam vergonha de fazerem dessa função uma Profissão, permanecendo em seus cargos por tantos anos, e ainda legislando sobre os seus próprios vencimentos e regalias de seus cargos representativos.

Dessa forma, na maioria das vezes esses personagens representam a si próprios, pois não preenchem os requisitos acima descritos.

Se essa estrutura fosse minimamente responsável e patriótica cada cargo e função ministerial não seria “loteada” a “certos partidos”; mas sim, facultadas a profissional de carreira e realmente capacitado em sua respectiva área pertinente.

O problema é que esse quadro fictício de representatividade vigente cria um imenso obstáculo para a maior parte do povo aos seus direitos constitucionais de acesso a Educação, Saúde e Cultura.

Simplesmente esse direito de Ser é negado à grande parte da população.

A isso denomino COVARDIA. 



                                        Claudio Pierre de França

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

DOIS POEMAS DE FERNANDO PESSOA

COMO É POR DENTRO OUTRA PESSOA

Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Como que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.
                             
                                 Fernando Pessoa
////

COMO NUVENS PELO CÉU

Como nuvens pelo céu
Passam por mim.
Nenhum dos sonhos é meu
Embora eu os sonhe assim.

São coisas no alto que são
Enquanto a vista as conhece,
Depois são sombras que vão
Pelo campo que arrefece.

Símbolos? Sonhos? Quem torna
Meu coração ao que foi?
Que dor de mim me transforma?
Que coisa inútil me dói?

                                    Fernando Pessoa
     ////////

Meu comentário => Nesse plano de existência, marcado por contradições - Céu e Inferno...
A ignorância sobre o sentido de Humanidade em nossas Vidas - pelo desprezo
a Educação e a Cultura refletida pelo "nível" daquilo que é veiculado a população pelos meios
tradicionais de comunicação; convive com O legado da Arte expressando aquilo que é Atemporal
- que decididamente não pode ser dissimulado pelos "interesses premeditados" de um mercado direcionado
basicamente para os conceitos de compra e venda.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

BLÁ-BLÁ-BLÁ TI TI TI... II // (MAIS UM POUCO DE METRALHA...)

De modo geral, dentro do “Teatro Novelesco das Relações Sociais” quando chega o momento efetivo de por a mão na massa; ou seja, colocar em prática pela Ação a fusão da Unidade entre a Teoria e Prática aproximando ao máximo a Palavra do Sentimento e da Ação – surge o tal Blá-Blá-Blá  Ti Ti Ti...

Seja nos afazeres básicos domésticos como: lavar, passar roupa, cozinhar, etc... Ou no  conjunto de práticas relacionadas ao Estudo Sério - em outras palavras, estabelecimento de uma Rotina (que nunca foi sinônimo de castigo; mas, sem dúvida tem muita correspondência com o sentido Esforço e Dificuldade) – somos “seduzidos” ao artifício desse excessivo palavrório e teorização.

Dessa forma, cada qual se utiliza das “racionalizações” pertinentes a cada conveniência para pular algumas páginas do livro de nossa jornada, quando chega o momento de enfrentamento com essa Realidade...

Os politiqueiros também utilizam desse artifício, quando no alto dos palanques, dizem e prometem com palavras bonitas resolverem os problemas de Educação, Saúde e Transporte – contudo, essas promessas se perdem no emaranhado da Politicagem partidária, voltada para outros interesses... E eles, diga-se de passagem, se apóiam no conjunto de Leis – repletas de artigos complexos e inacessíveis a população – para serem beneficiados em causa própria  no Universo do Blá-Blá-Bl-a Ti Ti Ti e justificarem a sua inércia.

No fundo a questão é que existe de fato, grande dificuldade a ser transposta para “diminuirmos” esse efeito de inoperância do Blá-Blá-Blá Ti Ti Ti em nosso dia a dia; principalmente porque a perfeição, simplesmente não é desse Plano. 
Mas, em contrapartida é a busca sincera pela Perfeição que pode melhorar essa nossa Sociedade aflita começando pelo nosso próprio esforço interior.  

                               Claudio Pierre


Meu comentário => A meditação sem Blá-Blá-Blá Ti Ti Ti não tem nada a ver com “desligamento” da Realidade e ausência de Esforço.  É exatamente a Consciência sobre a Unidade que faz com que reconheçamos nossas limitações, sem, contudo, perder a atitude, cultuando o espaço vazio que deve ser preenchido de forma subjetiva na Ação e intenção de nossa Humanidade

Particularmente, não tenho grande trânsito social, pois justamente preservo certo distanciamento com esse Teatro Novelesco das Relações Sociais.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

FRAGMENTOS

Fragmentos no tempo
(delírios de um Mísero Demente...)

A canoa virou...
Por tantas vezes, na linha tênue do sonhador – barquinho de papel – no mar sem fim,

E o tempo passou...
Mas a Alma juvenil, não se deixou levar pela frieza de uma programação fugaz, que dita normas e procedimentos.

A ilha...
O coração da Musa a milhares de milhas da proposta evolutiva de simplesmente trocar sentimentos, e, quem sabe – rebrilhar a Aurora, no encantamento do Encontro.

Travessia complexa...
Essa herança do Místico – mesmo sob intensa pressão, de uma padronização insensível que segue na contramão da comunhão – que gera a competição histérica para com nosso semelhante, em troca de uma ilusão fugaz de um “sucesso artificial” –  ainda no fundo do peito o inabalável compromisso de seguir sempre em frente.

Roda viva...
Tudo o que foi dito e conceituado, não pode substituir a emoção do momento - com todos os seus desdobramentos para cada caminho.

Talvez por isso a existência tenha esse sabor – nem sempre doce, nem sempre amargo... Cujo paladar nem sempre podemos definir no instante presente; cuja fotografia registre somente o flash, nesta nossa pressa louca de viver pelo amanhã.    

Fragmentos no tempo – Registro de um Mísero Demente,
Que sob o signo da lua, delirantemente brinca com seus versos – sem métrica e sem rima, Buscando um sentido que traduza algo além dos limites que a palavra e a severidade dos conceitos impõem aos sentimentos juvenis do coração. 


Alma de Lua  

        Claudio Pierre

(Do Registro - FRAGMENTOS)


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

BLÁ-BLÁ-BLÁ... TI TI TI...

Esse "papo furado" que proclama ser determinada "Lei" legal, mas imoral; bem demonstra o desequilíbrio da Sociedade; logo se constata ser "aceitável" que um cidadão se credencie e fundamentalmente continue cumprindo um mandato de Legislador independente de sua moralidade, principalmente quando fique configurado que o mesmo utiliza o seu mandato em causa própria. // É por isso que eu não meu considero um "Ser Social" nesse sentido, aceitando a Lei como uma "proclamação divina" da qual, na condição de "simples mortais" - temos que cumprir (e engolir) cegamente - sem contestação.

                               Claudio Pierre

Meu comentário =>  Na medida do possível vou tentar postar mensagens e pensamentos que enfoquem sobre esse tal de Blá-Blá-Blá... Ti Ti Ti, que compõem esse Teatro Novelesco das Relações Humanas.  

sábado, 10 de agosto de 2013

DIÁLOGOS CONSCIÊNCIA

Existe uma determinada “zona de profundidade”, que segue em rota contrária a essa engrenagem de hipnose, que nos programa para um enfoque essencialmente exterior; de modo que só quando conseguimos superar as divisões interiores, provenientes desse processo, podemos travar um diálogo no presente com a consciência pura, reunificando as diversidades.

“O Amor não se divide. O Amor nos leva a Deus” – Escrevi esta frase há muitos anos atrás; e tenho plena consciência do que ela representa na minha essência.

Para ilustrar essa tese da programação / divisão mental que ocorre externamente,  exemplifico citando algumas situações  subliminares que ocorrem na dinâmica do mercado de trabalho e em extensão na própria dinâmica da vida social:

- O “chefe” cobra a dedicação extrema do “subordinado”, provocando muitas vezes uma “tensão” injustificada e desnecessária, para em seguida, pedir calma...; ou,

- A “chefia” pede urgência para alguma atividade considerada inadiável para aquele dia, e, surpreendentemente no dia seguinte, quando porventura não conseguimos realizar a tarefa solicitada por absoluta impossibilidade, percebemos que “outras prioridades” se sobrepõem aquela que era considerada inadiável...

Ou seja, por vezes uma absoluta incoerência sobre prioridades e uma excessiva pressão sobre resultados – tudo de “brincadeirinha”...

Quando trabalhei em serviços burocráticos, usei certa vez uma frase que pode até soar como chocante; porém, que tem uma resposta essencial a esta pressão, quando pressionado dizia:- O meu chefe é a minha consciência!!!

O que manifestei com essa frase não representa desleixo ou falta de empenho; pois uma das maiores virtudes do meu desempenho profissional era exatamente a eficiência naquilo que me propunha a fazer.

As situações acima se repetem ao longo de nossa vida social, onde somos violentamente condicionados a lutar pela sobrevivência, numa selva de pedra, marcada por toda sorte de injustiças e desigualdades, assistindo invariavelmente ao desrespeito aos nossos direitos mais básicos, como por exemplo, o das garantias individuais proclamadas em nossa Constituição; e ainda assim sermos compelidos a ter tranqüilidade e cidadania – zelando pela Paz Social proclamada pelos politiqueiros de plantão.. 

Volto a pontuar que não deve existir uma única resposta. No entanto, acredito que todo impulso que demanda de uma ação equilibrada representa a melhor motivação para o melhor resultado.

Essa ação equilibrada depende de um conjunto de valores que estabelecemos do lado interior e não de uma certa “padronização exterior e teatral”. 


Também vale a pena frisar que acredito que toda essa estrutura de alienação se sustenta exatamente por essa dinâmica apressada imposta no movimento social organizado, desde Assembléias de Sindicato, Condomínio, até sessões de Câmaras Legislativas. Amparados por uma estrutura que me parece caótica – excesso de “formalidades regimentais” (atas, etc.) => muita palavra e pouco compromisso com orientação para um ação efetiva =>  Tudo é resolvido num clima muito tenso, muito rápido (ou devagar, conforme a conveniência politiqueira) – isso deve ser bom para aquele que se esconde por trás dessa estrutura, utilizando-a para realçar um falso poder, justamente configurando a personagem do “chefe” da maneira como enfatizei.

                                 Claudio Pierre

(Extraído do Registro => Diálogos Consciência / Discursos de um Plebeu).

domingo, 4 de agosto de 2013

DIÁLOGOS CONSCIÊNCIA

Sim; o sistema globalizado, os governos, os governantes, a sociedade, agonizam. Porém, não podem “contaminar” algo que tem raiz na simplicidade original, na essência que está contida em cada consciência.

Essa essência subjetiva brota do movimento natural, que requer muito esforço, contínuo aprimoramento, e que fundamentalmente, percebe essa nossa Condição Humana, como frágil. Que encerra a compreensão de que fazemos parte de um Ciclo; estando naturalmente sujeitos ao movimento de que não podemos “ganhar sempre”, indicando que precisamos entender que as perdas fazem parte do movimento da vida onde nas dificuldades formamos nosso caráter. 

Não tenho a ilusão de crer que vibrações semelhantes as minhas tenham o poder de modificar humanamente o mundo. Considero por minha formação simpática ao Taoísmo, que esse tipo de evolução não existe nesse ciclo.

Ceio que seja, sobretudo uma questão de escolha – quanto maior a ilusão do Poder que desnivela e conduz a competição e a idéia de não perder; menor a consciência sobre a humanidade contida em nosso interior.

Quanto mais nos deixemos “programar” e “hipnotizar” pelo frenético movimento de uma comunicação essencialmente voltada para o apelo do ter sobre o ser, tudo o mais repetirá uma tendência de um mercado de compra e venda.

- Quem quer dinheiro?!? Sob esse slogan se construiu um Império.

Essa é a “lógica” que nos tem programado no nível de massa a crer que existe apenas um modelo, a ponto de popularmente serem corriqueiras expressões como:

- “Amigo é dinheiro no bolso!!!
- “Sou profissional, trabalho aonde pagam mais...”.

Ou seja, quem não está dentro dessa programação está fora – à margem do “Social”.

E a sensibilidade???
Como encontrar nas atividades cotidianas esse precioso espaço subjetivo e imprescindível para o exercício da humanidade, se grande parte das consciências têm sido anestesiadas pela pressão do competir sempre para ter que girar essa Roda / Sânsara...

A nossa mente se sobrecarrega além da conta, e passa a exercer total supremacia sobre o nosso Ser e o nosso Sentir; de forma que o movimento das massas é toda premeditação, na lógica: - O que ganharei em troca?!!

Como artista, venho observando esse diferencial, até entre os próprios artistas (que também são seres)...

O espaço da sensibilidade está sendo contaminado pela mera lógica do mercado, do relógio, da pressa do dia a dia.

Existem dois conceitos que deveriam representar a mesma coisa – Ação e Atividade; porém, cada vez mais estão expressando essa enorme distância entre a sensibilidade e a sua ausência.

ð Atividade – passa a ser a grande válvula de escape, que a nossa mente perspicaz utiliza para que “maquiemos” nossa alienação sub humana, criando com isso a ilusão de uma pretensa Humanidade. Socialmente, precisamos de uma frenética atividade, caracterizada pelas inúmeras “ocupações diárias”, que levam a extrema competitividade, que geram os apelos ao consumo desenfreado...
      Criamos assim a expressão => “O tempo voa”- dessa forma, sem perceber estamos “atrofiando” nossa capacidade subjetiva de frear e desacelerar a programação de um Relógio Humano, imposta pela nossa própria mente - que não corresponde exatamente a realidade plena; e adentrar na consciência do Tempo real que simplesmente passa... 

ð Ação é sutil, seria uma atividade que “brota” do interior (do sentimento) – requer para isso um espaço interior subjetivo que não está condicionado ao comando “exclusivo da mente”.
A ação surge da interação entre o Ser, Sentir e o Pensar – decididamente, ela não poder ser “programada”/”imposta” de “fora” para “dentro”. Sua sede é o coração e o sentimento em harmonia com a razão.
Por isso ela não é “mecânica”, “Social”, “convencional”.

Ao que parece – conceitos e palavras – tem o incrível poder de hipnotizar consciências que se deixam “programar” – esse é o efeito sobre as massas.

A partir daí, se estabelecem critérios sobre o que seria ou não realidade.

Assim, para exemplificar alguns aspectos, na hipnose coletiva das massas, existe um determinado conceito que está diretamente ligado à base daquilo que considero uma das principais habilidades do Ser Humano que seria buscar a realidade do  sonho possível, que sofre com a “programação” que incute a oposição entre: Esse conceito proclama Trabalho x Ideal – levando ao entendimento de que todo o processo que leve ao ideal, nem sempre isento de luta, representa uma ilusão; e que a realidade determina o caminho mais curto – exercer uma atividade ao longo de toda uma vida em troca de dinheiro, muitas vezes sem nenhum laço emocional com essa atividade – comparado à prostituição. 

Ou seja, quem entra nesse circuito, corre o risco de ficar aprisionado nesta cadeia exercendo parcialmente seu potencial criativo, pois o seu Ideal de vida não encontrará espaço nessa “realidade”, que o levará sempre a essa racionalização => trabalho x prazer.

Mesmo aquele que consegue êxito em sua busca pelo ideal, corre o risco de que em nome da tal “independência financeira” – venha a trilhar situações de vida que nada acrescentem ao seu movimento integral e subjetivo de Humanidade; ou seja, na ótica exclusiva do conceito e da palavra ele fará qualquer coisa com o objetivo de ganhar mais dinheiro – viverá em função disso. 

 A essência do problema não está ligada como se poderia supor ao dinheiro.
O dinheiro passa a ser somente uma manifestação de uma “válvula de escape” para por meio de um apelo contumaz de um ímpeto frenético de compra e venda compensar o nosso descontrole em frear, desacelerar a programação acelerada que herdamos de uma sociedade automatizada e globalizada, que conclama para uma única direção.

Existe, portanto, certa relação com o Poder, no sentido de competição, de levar vantagem sobre “o outro”; que no fundo revela justamente um desencontro com nossa essência interior.


Em suma, falta o devido diálogo com a consciência pura que habita em nosso interior, e que absolutamente não está relacionada com um padrão de linguagem que possa ser “manipulado” exclusivamente pela mente, com suas racionalizações e artimanhas “socialmente lógicas” do Ter sobre o Ser. 

                          Claudio Pierre

(Do Registro Diálogos Consciência / Discursos de um Plebeu)

sábado, 27 de julho de 2013

PUREZA JUVENIL

Quando abro os olhos e contemplo o céu
Sinto que começo a sonhar demais...

E ao fechar os olhos
Penso em Você

E uma onda de ternura me invade a alma

- Ah! Não quero sonhar demais,
Eu quero mesmo é ter você comigo
                       
                                Claudio Pierre

Meu comentário => Essa é uma das primeiras composições que criei e desmembrei a letra da música...

Como nossa existência é rica contendo na Atemporalidade todo o movimento de nossas “fases de Lua”. Mas, para se entender esse conceito é preciso Unificar os nossos Centros: Ser, Sentir e Pensar; sem medo de ser julgado por aqueles que desconhecem o sentido de se preservar algo tão fundamental para nossa humanidade como a nossa Pureza Juvenil.    

domingo, 21 de julho de 2013

João Donato - Amazonas (João Donato) - Instrumental SESC Brasil - 06/12...


A brasilidade e latinidade do Donato são impressionantes!

METRALHA

A ILUSÃO DO RELÓGIO HUMANO

A essência da realidade tem sido maculada na medida em que cada Sociedade do presente se intitula como símbolo da modernidade.

Assim o marketing do momento, incita a crença de que a “atualidade do presente” seja a expressão da evolução, bem como, as pesquisas de opinião (ou de ocasião), direcionam para tal evolução sobre o passado no conjunto de hábitos, atitudes, comportamentos e “inovações”...

No grande supermercado da globalização (que é o “supermercado do momento”) – o movimento frenético da compra e venda é fundamento essencial para fazer girar essa roda.

Sob essa linha superficial e tênue baseada no Ter, os padrões dessa “realidade virtual”, são ditados de fora para dentro, substituindo o que há de mais representativo na realidade atemporal da subjetividade de cada ser.

É essa fantasia virtual que “faz e acontece” – reinventa cria e desfaz a cada segundo os tais “modismos da juventude”; bem como os personagens midiáticos, tidos com licença da má palavra como “celebridades” em diferentes áreas e ramos...

É essa realidade virtual que enriquece poucos, estabelecendo uma incrível discrepância – concedendo a determinados personagens salários astronômicos: desde pseudo políticos, até jogadores de futebol, empresários e super astros da música, etc... Enquanto a grande maioria sobrevive com rendimentos que não possibilitam a mínima satisfação dos direitos básicos a uma Condição Humana.

Nesse contexto, a incoerência se estabelece, pois o tal “valor de mercado” propalado por essa insana realidade concede aos poucos que estão nessa panelinha, certo status de “superioridade” perante a grande massa inconsciente que se “deslumbra” e assiste através da mídia um autêntico desfile dessa ostentação pela glamorização em torno das posses desses mesmos personagens: carros, mansões, etc...

Exemplo: - Por que eu preciso saber em uma reportagem de jogador de futebol, ou artista midiático: o tamanho da sua casa ou quantidade de suas propriedades, a marca dos seus carros, a privacidade de sua vida particular?

Resposta – Para aguçar minha cobiça; não para um questionamento sobre esse “tipo de realidade” maculada por um Sistema do qual pertenço, mas sou “manipulado” por ele e impedido de modificar suas estruturas: seja pela incapacidade de raciocínio sobre a realidade, ou porque, realmente contribuo para que ele se perpetue, embora o conteste.  
            

                 Claudio Pierre

Meu comentário => Decididamente não acredito na Ilusão do Relógio Humano, pois percebi que existe uma Realidade que sempre esteve presente e que pode ser "contida" na Ilusão da limitação de uma existência...  - A Dimensão do Atemporal. 


sexta-feira, 19 de julho de 2013

PARADOXO II

Quando se chega a um ponto em que seu status social e seus bens materiais são perseguidos obsessivamente como sinônimos da expressão: “Correr atrás das “coisas” para minha vida”, induzindo invariavelmente cobiça de terceiros...
Quando se chega a um ponto de sua total indiferença e descuido quanto a importância de preservação do seu estado de Paz Espiritual (que não pode ser comprado ou “aprendido” na Escola de fora para dentro) pela racionalização: - Afinal, qual o “ganho” prático e objetivo daquilo que Somos em comparação ao que Temos no mundo?!?!...

É quando se chega o ponto em que desperdiçamos a Energia Criadora no Labirinto das Horas, nesse viver de superficialidade, ostentação e aparências...

Não; com certeza eu não trocaria a leveza do Ser por esse tipo de dimensão que se impõe superficialmente como Felicidade – o que não representa que se esteja adotando uma opção de penúria, mas sim, equilíbrio, e fundamentalmente o exercício de livre arbítrio subjetivo.


Respeitando esse princípio até acredito que a maioria julgue mesmo, indiferente o tal equilíbrio interior, seja por total desconhecimento dessa dimensão ou por opção. 

                   Claudio Pierre

Meu comentário => Geralmente Todos falam no tal "equilíbrio interior", mas essa "motivação" retrocede na medida em que a pressão material bate a nossa porta. Penso que mais uma vez é uma questão de consciência => O Ser e o princípio básico para o Ter com equilíbrio. 

"Sem o esforço da busca não é possível a ventura do encontro"... (Uma das expressões  sábias que já li). 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

SERÁ POESIA??

Tranquilo subia o balão em direção ao sul
De repente um forte vento lhe impõe o sentido norte

O balão era audaz, fingiu aceitar a rota;
e na primeira oportunidade subiu ao Céu.

           Claudio Pierre

=> meu comentário => Se a estrada a seguir fosse plana, de nada valeria a ilusão da chegada...
     O espírito realmente pacífico e rebelde não aceita imposições sociais, tipo: "Todo mundo faz assim,
      por isso vou fazer assim também"... Portanto, aparentemente solitário, segue seu próprio Destino a
      sua própria Sina faça sol ou faça chuva.

sábado, 13 de julho de 2013

POSSUIR

Ao retornar a Poesia, minha Alma em festa, encontra alento nos sonhos febris,

Nos delírios inalcançáveis por aqueles que se perderam do elo da ternura, cujos corações estão duros como o gelo e frios como pedra...

Assim, não percebendo ao meu redor a ilusão presente através de um olhar de volúpia dirigido a mim, pela musa  - tão esperada,

Constato de fato, um sentimento de reconforto quando encontro Harmonia no contato com a Natureza, na comunhão da meditação...

Comungo uma intensa troca de um mútuo afeto, sem a interferência da desarmonia humana, que conflita as Emoções, que dissimula Sentimentos. 

Desejando a carícia -  Descubro a Brisa , que traz no afago, o sentido de troca, sem vitórias ou derrotas, onde não há espaço para a sensação de possuidor e possuído.

Nesse instante o tempo simplesmente passa, e de fato, vislumbro a plenitude ao alcance daquele que se entrega a prece  - Não abro mão desse silêncio, desse raro prazer...

Mas,
Há momentos em que
Meus lábios queriam beijar a Lua,

Minha pele partilhar da sensação tátil que aquece o sangue, que faz suspirar – que inebria o momento, que pausa o tempo...
E na plenitude de meus sentidos,  inesperadamente me perder da consciência do tom, da harmonia  – no desfrute do Orgasmo.

Essa sensação de possuir é frágil e tênue, mas tem um sabor Infinito nos limites do corpo,

Quiçá por isso, o Poeta sofra sem padecer – Brindando com a Esperança, Brincando de aprender com a solidão; e enfim, sorrindo – reencontrar o rumo da felicidade relativa, a cada travessia de sonho(s).

Nesse instante, o Errante percebe a magia da nossa misteriosa aventura...


A fragrância nos Mistérios dessa nossa natureza humana, cujo aroma muitos olfatos desconhecem...   

                Claudio Pierre

(Do registro de Poesias - Fragmentos)  

sexta-feira, 5 de julho de 2013

SIM O FLUIR

Estou relativamente feliz, não somente pelas conquistas acumuladas, mas por ter também a noção das inúmeras derrotas que vivi e viverei...

Vivo relativamente tranqüilo não somente pela dimensão de uma paz interior no curso de minha jornada, mas por ter também consciência dos inevitáveis confrontos de ansiedade entre a realidade possível dos nossos sonhos em choque com a obsessiva visão materialista do concreto na Selva de Pedra...

Sigo relativamente amoroso, não somente pela herança materna daquela que me gerou, multiplicando assim o sentimento de amor pelo meu semelhante, mas também pela percepção de que a figuração do inferno está presente nessa nossa misteriosa Condição Humana...

Vibro como um instrumento da Arte de cada dia através: da Música, da Meditação e da Poesia – construindo uma obra que expressa o sentido original de meu curso; mas também tenho a ciência de que não seja essa exatamente a motivação que movimenta a engrenagem da massa, que condiciona em primeiro lugar ao ofício artístico (e tudo o mais) o acúmulo indiscriminado do Ter...

Relativamente estou rico porque sinto que não há dinheiro que pague o preço da leveza do Ser; embora seja inevitável a percepção de que a verdade do Caminho nos reserve contato freqüente com nossas próprias fraquezas e misérias...

Estou relativamente satisfeito comigo mesmo porque mesmo após tantos anos, não cedi um milímetro das convicções diante do sol e da chuva; mesmo assim, considero que aquele que se propõe a fluir não tem o direito de julgar saber mais do que a sua ignorância original neste ciclo...


Tempo, Espaço e Vazio em harmonia => é o Curso de Fluir relativamente em nosso movimento.  


                             Claudio Pierre

sábado, 29 de junho de 2013

COISA DE ROCAMBOLE

Por mais
que eu a-firme
de maneira
firme
que uma coisa
é
uma coisa
e
outra coisa
é
outra coisa,
ela jamais
se rende.
Todos os ursos
moram no Pólo Norte;
carambola
não é nome de fruta
e sim
coisa de rocambole;
Jesus é sempre
homem,
nunca menino
(precisa ter cabelo longo
barba escura
e olho azul).
E por mais
que a-firme
de maneira
firme
que a coisa
é
outra,
ela jamais
se rende.
Prefere olhar nos livros
e con-firmar na TV.

VEM COMIGO


Vem comigo,
Vamos correr a procura de sonhos
Vamos tentar transpor o caminho da dor...
Pois não muito distante,
Encontramos angústias
- E precisamos aprender prá Viver.

Vamos, mas tenhamos cuidado com as armadilhas...
Não tenha pressa, pois logo iremos amar
Não tenha medo e não se perturbe

- Pois precisamos aprender prá Viver.

          Claudio Pierre

=> Meu comentário => Logo no início de minha trajetória musical como compositor adicionei letras em algumas músicas. Um pouco mais tarde, quando assumi naturalmente a perspectiva da Música Instrumental, optei por desmembrar esse processo. Mesmo assim,
tenho a noção exata desse contexto quando executo esses temas instrumentalmente. Essa letra é uma dessas composições. 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O ACASO



     
O ACASO
                                                                                Dedicado a Darlene


Minha Sina é forjada no Ocaso do brilho dos meus sonhos...
Dom Quixote, cavaleiro andante – que de tão errante no tempo,
Guiado pela trilha do Ser – perdeu irremediavelmente o medo
De viver a Poesia.

O valor do sentimento está à frente dos mistérios que envolvem
Os nossos Caminhos de Vida.
Na tênue malha do Acaso renovei em mim
A confirmação de seu Encanto aos meus olhos.

                                            Claudio Pierre

 


quinta-feira, 20 de junho de 2013

PARADOXO I



Os protestos são legítimos. O que não deveria ocorrer é julgar que só existe uma forma de protestar indo as ruas. 

Eu sempre protestei – outrora já estive nas ruas – Ex.: Diretas Já; e ao longo de toda a minha vida continuo protestando até hoje pela minha conduta de vida => abaixo a  tirania do Poder//; e => Avante a Educação e Cultura => componentes que transformam efetivamente a Vida de um Ser. 
///Obs.: Protesto sem ação individual de Educação e Cultura, ou seja, sem o esforço da busca => é um engano.

Outrora também, acreditei em um Partido e percebi que a multidão (eu inclusive) estava sendo manipulada por ele que buscava apenas o Poder ao defender somente na retórica bandeiras da democracia por uma sociedade mais justa..

A questão é participar seja na multidão ou não; mas, preservando a Consciência da transformação em si mesmo e principalmente respeitando o que for Ser Humano.  

                          Claudio Pierre