Ao retornar a Poesia, minha Alma em festa, encontra alento
nos sonhos febris,
Nos delírios inalcançáveis por aqueles que se perderam do
elo da ternura, cujos corações estão duros como o gelo e frios como pedra...
Assim, não percebendo ao meu redor a ilusão presente através
de um olhar de volúpia dirigido a mim, pela musa - tão esperada,
Constato de fato, um sentimento de reconforto quando
encontro Harmonia no contato com a Natureza, na comunhão da meditação...
Comungo uma intensa troca de um mútuo afeto, sem a
interferência da desarmonia humana, que conflita as Emoções, que dissimula
Sentimentos.
Desejando a carícia -
Descubro a Brisa , que traz no afago, o sentido de troca, sem vitórias
ou derrotas, onde não há espaço para a sensação de possuidor e possuído.
Nesse instante o tempo simplesmente passa, e de fato,
vislumbro a plenitude ao alcance daquele que se entrega a prece - Não abro mão desse silêncio, desse raro
prazer...
Mas,
Há momentos em que
Meus lábios queriam beijar a Lua,
Minha pele partilhar da sensação tátil que aquece o sangue,
que faz suspirar – que inebria o momento, que pausa o tempo...
E na plenitude de meus sentidos, inesperadamente me perder da consciência do
tom, da harmonia – no desfrute do
Orgasmo.
Essa sensação de possuir é frágil e tênue, mas tem um sabor
Infinito nos limites do corpo,
Quiçá por isso, o Poeta sofra sem padecer – Brindando com a
Esperança, Brincando de aprender com a solidão; e enfim, sorrindo – reencontrar
o rumo da felicidade relativa, a cada travessia de sonho(s).
Nesse instante, o Errante percebe a magia da nossa
misteriosa aventura...
A fragrância nos Mistérios dessa nossa natureza humana, cujo
aroma muitos olfatos desconhecem...
Claudio Pierre
(Do registro de Poesias - Fragmentos)