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sábado, 27 de julho de 2013

PUREZA JUVENIL

Quando abro os olhos e contemplo o céu
Sinto que começo a sonhar demais...

E ao fechar os olhos
Penso em Você

E uma onda de ternura me invade a alma

- Ah! Não quero sonhar demais,
Eu quero mesmo é ter você comigo
                       
                                Claudio Pierre

Meu comentário => Essa é uma das primeiras composições que criei e desmembrei a letra da música...

Como nossa existência é rica contendo na Atemporalidade todo o movimento de nossas “fases de Lua”. Mas, para se entender esse conceito é preciso Unificar os nossos Centros: Ser, Sentir e Pensar; sem medo de ser julgado por aqueles que desconhecem o sentido de se preservar algo tão fundamental para nossa humanidade como a nossa Pureza Juvenil.    

domingo, 21 de julho de 2013

João Donato - Amazonas (João Donato) - Instrumental SESC Brasil - 06/12...


A brasilidade e latinidade do Donato são impressionantes!

METRALHA

A ILUSÃO DO RELÓGIO HUMANO

A essência da realidade tem sido maculada na medida em que cada Sociedade do presente se intitula como símbolo da modernidade.

Assim o marketing do momento, incita a crença de que a “atualidade do presente” seja a expressão da evolução, bem como, as pesquisas de opinião (ou de ocasião), direcionam para tal evolução sobre o passado no conjunto de hábitos, atitudes, comportamentos e “inovações”...

No grande supermercado da globalização (que é o “supermercado do momento”) – o movimento frenético da compra e venda é fundamento essencial para fazer girar essa roda.

Sob essa linha superficial e tênue baseada no Ter, os padrões dessa “realidade virtual”, são ditados de fora para dentro, substituindo o que há de mais representativo na realidade atemporal da subjetividade de cada ser.

É essa fantasia virtual que “faz e acontece” – reinventa cria e desfaz a cada segundo os tais “modismos da juventude”; bem como os personagens midiáticos, tidos com licença da má palavra como “celebridades” em diferentes áreas e ramos...

É essa realidade virtual que enriquece poucos, estabelecendo uma incrível discrepância – concedendo a determinados personagens salários astronômicos: desde pseudo políticos, até jogadores de futebol, empresários e super astros da música, etc... Enquanto a grande maioria sobrevive com rendimentos que não possibilitam a mínima satisfação dos direitos básicos a uma Condição Humana.

Nesse contexto, a incoerência se estabelece, pois o tal “valor de mercado” propalado por essa insana realidade concede aos poucos que estão nessa panelinha, certo status de “superioridade” perante a grande massa inconsciente que se “deslumbra” e assiste através da mídia um autêntico desfile dessa ostentação pela glamorização em torno das posses desses mesmos personagens: carros, mansões, etc...

Exemplo: - Por que eu preciso saber em uma reportagem de jogador de futebol, ou artista midiático: o tamanho da sua casa ou quantidade de suas propriedades, a marca dos seus carros, a privacidade de sua vida particular?

Resposta – Para aguçar minha cobiça; não para um questionamento sobre esse “tipo de realidade” maculada por um Sistema do qual pertenço, mas sou “manipulado” por ele e impedido de modificar suas estruturas: seja pela incapacidade de raciocínio sobre a realidade, ou porque, realmente contribuo para que ele se perpetue, embora o conteste.  
            

                 Claudio Pierre

Meu comentário => Decididamente não acredito na Ilusão do Relógio Humano, pois percebi que existe uma Realidade que sempre esteve presente e que pode ser "contida" na Ilusão da limitação de uma existência...  - A Dimensão do Atemporal. 


sexta-feira, 19 de julho de 2013

PARADOXO II

Quando se chega a um ponto em que seu status social e seus bens materiais são perseguidos obsessivamente como sinônimos da expressão: “Correr atrás das “coisas” para minha vida”, induzindo invariavelmente cobiça de terceiros...
Quando se chega a um ponto de sua total indiferença e descuido quanto a importância de preservação do seu estado de Paz Espiritual (que não pode ser comprado ou “aprendido” na Escola de fora para dentro) pela racionalização: - Afinal, qual o “ganho” prático e objetivo daquilo que Somos em comparação ao que Temos no mundo?!?!...

É quando se chega o ponto em que desperdiçamos a Energia Criadora no Labirinto das Horas, nesse viver de superficialidade, ostentação e aparências...

Não; com certeza eu não trocaria a leveza do Ser por esse tipo de dimensão que se impõe superficialmente como Felicidade – o que não representa que se esteja adotando uma opção de penúria, mas sim, equilíbrio, e fundamentalmente o exercício de livre arbítrio subjetivo.


Respeitando esse princípio até acredito que a maioria julgue mesmo, indiferente o tal equilíbrio interior, seja por total desconhecimento dessa dimensão ou por opção. 

                   Claudio Pierre

Meu comentário => Geralmente Todos falam no tal "equilíbrio interior", mas essa "motivação" retrocede na medida em que a pressão material bate a nossa porta. Penso que mais uma vez é uma questão de consciência => O Ser e o princípio básico para o Ter com equilíbrio. 

"Sem o esforço da busca não é possível a ventura do encontro"... (Uma das expressões  sábias que já li). 

quinta-feira, 18 de julho de 2013

SERÁ POESIA??

Tranquilo subia o balão em direção ao sul
De repente um forte vento lhe impõe o sentido norte

O balão era audaz, fingiu aceitar a rota;
e na primeira oportunidade subiu ao Céu.

           Claudio Pierre

=> meu comentário => Se a estrada a seguir fosse plana, de nada valeria a ilusão da chegada...
     O espírito realmente pacífico e rebelde não aceita imposições sociais, tipo: "Todo mundo faz assim,
      por isso vou fazer assim também"... Portanto, aparentemente solitário, segue seu próprio Destino a
      sua própria Sina faça sol ou faça chuva.

sábado, 13 de julho de 2013

POSSUIR

Ao retornar a Poesia, minha Alma em festa, encontra alento nos sonhos febris,

Nos delírios inalcançáveis por aqueles que se perderam do elo da ternura, cujos corações estão duros como o gelo e frios como pedra...

Assim, não percebendo ao meu redor a ilusão presente através de um olhar de volúpia dirigido a mim, pela musa  - tão esperada,

Constato de fato, um sentimento de reconforto quando encontro Harmonia no contato com a Natureza, na comunhão da meditação...

Comungo uma intensa troca de um mútuo afeto, sem a interferência da desarmonia humana, que conflita as Emoções, que dissimula Sentimentos. 

Desejando a carícia -  Descubro a Brisa , que traz no afago, o sentido de troca, sem vitórias ou derrotas, onde não há espaço para a sensação de possuidor e possuído.

Nesse instante o tempo simplesmente passa, e de fato, vislumbro a plenitude ao alcance daquele que se entrega a prece  - Não abro mão desse silêncio, desse raro prazer...

Mas,
Há momentos em que
Meus lábios queriam beijar a Lua,

Minha pele partilhar da sensação tátil que aquece o sangue, que faz suspirar – que inebria o momento, que pausa o tempo...
E na plenitude de meus sentidos,  inesperadamente me perder da consciência do tom, da harmonia  – no desfrute do Orgasmo.

Essa sensação de possuir é frágil e tênue, mas tem um sabor Infinito nos limites do corpo,

Quiçá por isso, o Poeta sofra sem padecer – Brindando com a Esperança, Brincando de aprender com a solidão; e enfim, sorrindo – reencontrar o rumo da felicidade relativa, a cada travessia de sonho(s).

Nesse instante, o Errante percebe a magia da nossa misteriosa aventura...


A fragrância nos Mistérios dessa nossa natureza humana, cujo aroma muitos olfatos desconhecem...   

                Claudio Pierre

(Do registro de Poesias - Fragmentos)  

sexta-feira, 5 de julho de 2013

SIM O FLUIR

Estou relativamente feliz, não somente pelas conquistas acumuladas, mas por ter também a noção das inúmeras derrotas que vivi e viverei...

Vivo relativamente tranqüilo não somente pela dimensão de uma paz interior no curso de minha jornada, mas por ter também consciência dos inevitáveis confrontos de ansiedade entre a realidade possível dos nossos sonhos em choque com a obsessiva visão materialista do concreto na Selva de Pedra...

Sigo relativamente amoroso, não somente pela herança materna daquela que me gerou, multiplicando assim o sentimento de amor pelo meu semelhante, mas também pela percepção de que a figuração do inferno está presente nessa nossa misteriosa Condição Humana...

Vibro como um instrumento da Arte de cada dia através: da Música, da Meditação e da Poesia – construindo uma obra que expressa o sentido original de meu curso; mas também tenho a ciência de que não seja essa exatamente a motivação que movimenta a engrenagem da massa, que condiciona em primeiro lugar ao ofício artístico (e tudo o mais) o acúmulo indiscriminado do Ter...

Relativamente estou rico porque sinto que não há dinheiro que pague o preço da leveza do Ser; embora seja inevitável a percepção de que a verdade do Caminho nos reserve contato freqüente com nossas próprias fraquezas e misérias...

Estou relativamente satisfeito comigo mesmo porque mesmo após tantos anos, não cedi um milímetro das convicções diante do sol e da chuva; mesmo assim, considero que aquele que se propõe a fluir não tem o direito de julgar saber mais do que a sua ignorância original neste ciclo...


Tempo, Espaço e Vazio em harmonia => é o Curso de Fluir relativamente em nosso movimento.  


                             Claudio Pierre