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sexta-feira, 5 de julho de 2013

SIM O FLUIR

Estou relativamente feliz, não somente pelas conquistas acumuladas, mas por ter também a noção das inúmeras derrotas que vivi e viverei...

Vivo relativamente tranqüilo não somente pela dimensão de uma paz interior no curso de minha jornada, mas por ter também consciência dos inevitáveis confrontos de ansiedade entre a realidade possível dos nossos sonhos em choque com a obsessiva visão materialista do concreto na Selva de Pedra...

Sigo relativamente amoroso, não somente pela herança materna daquela que me gerou, multiplicando assim o sentimento de amor pelo meu semelhante, mas também pela percepção de que a figuração do inferno está presente nessa nossa misteriosa Condição Humana...

Vibro como um instrumento da Arte de cada dia através: da Música, da Meditação e da Poesia – construindo uma obra que expressa o sentido original de meu curso; mas também tenho a ciência de que não seja essa exatamente a motivação que movimenta a engrenagem da massa, que condiciona em primeiro lugar ao ofício artístico (e tudo o mais) o acúmulo indiscriminado do Ter...

Relativamente estou rico porque sinto que não há dinheiro que pague o preço da leveza do Ser; embora seja inevitável a percepção de que a verdade do Caminho nos reserve contato freqüente com nossas próprias fraquezas e misérias...

Estou relativamente satisfeito comigo mesmo porque mesmo após tantos anos, não cedi um milímetro das convicções diante do sol e da chuva; mesmo assim, considero que aquele que se propõe a fluir não tem o direito de julgar saber mais do que a sua ignorância original neste ciclo...


Tempo, Espaço e Vazio em harmonia => é o Curso de Fluir relativamente em nosso movimento.  


                             Claudio Pierre

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