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sábado, 13 de julho de 2013

POSSUIR

Ao retornar a Poesia, minha Alma em festa, encontra alento nos sonhos febris,

Nos delírios inalcançáveis por aqueles que se perderam do elo da ternura, cujos corações estão duros como o gelo e frios como pedra...

Assim, não percebendo ao meu redor a ilusão presente através de um olhar de volúpia dirigido a mim, pela musa  - tão esperada,

Constato de fato, um sentimento de reconforto quando encontro Harmonia no contato com a Natureza, na comunhão da meditação...

Comungo uma intensa troca de um mútuo afeto, sem a interferência da desarmonia humana, que conflita as Emoções, que dissimula Sentimentos. 

Desejando a carícia -  Descubro a Brisa , que traz no afago, o sentido de troca, sem vitórias ou derrotas, onde não há espaço para a sensação de possuidor e possuído.

Nesse instante o tempo simplesmente passa, e de fato, vislumbro a plenitude ao alcance daquele que se entrega a prece  - Não abro mão desse silêncio, desse raro prazer...

Mas,
Há momentos em que
Meus lábios queriam beijar a Lua,

Minha pele partilhar da sensação tátil que aquece o sangue, que faz suspirar – que inebria o momento, que pausa o tempo...
E na plenitude de meus sentidos,  inesperadamente me perder da consciência do tom, da harmonia  – no desfrute do Orgasmo.

Essa sensação de possuir é frágil e tênue, mas tem um sabor Infinito nos limites do corpo,

Quiçá por isso, o Poeta sofra sem padecer – Brindando com a Esperança, Brincando de aprender com a solidão; e enfim, sorrindo – reencontrar o rumo da felicidade relativa, a cada travessia de sonho(s).

Nesse instante, o Errante percebe a magia da nossa misteriosa aventura...


A fragrância nos Mistérios dessa nossa natureza humana, cujo aroma muitos olfatos desconhecem...   

                Claudio Pierre

(Do registro de Poesias - Fragmentos)  

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