Fragmentos no tempo
(delírios de um Mísero Demente...)
A canoa virou...
Por tantas vezes, na linha tênue do sonhador – barquinho de
papel – no mar sem fim,
E o tempo passou...
Mas a Alma juvenil, não se deixou levar pela frieza de uma
programação fugaz, que dita normas e procedimentos.
A ilha...
O coração da Musa a milhares de milhas da proposta evolutiva
de simplesmente trocar sentimentos, e, quem sabe – rebrilhar a Aurora, no
encantamento do Encontro.
Travessia complexa...
Essa herança do Místico – mesmo sob intensa pressão, de uma
padronização insensível que segue na contramão da comunhão – que gera a
competição histérica para com nosso semelhante, em troca de uma ilusão fugaz de
um “sucesso artificial” – ainda no fundo
do peito o inabalável compromisso de seguir sempre em frente.
Roda viva...
Tudo o que foi dito e conceituado, não pode substituir a
emoção do momento - com todos os seus desdobramentos para cada caminho.
Talvez por isso a existência tenha esse sabor – nem sempre
doce, nem sempre amargo... Cujo paladar nem sempre podemos definir no instante
presente; cuja fotografia registre somente o flash, nesta nossa pressa louca de
viver pelo amanhã.
Fragmentos no tempo – Registro de um Mísero Demente,
Que sob o signo da lua, delirantemente brinca com seus
versos – sem métrica e sem rima, Buscando um sentido que traduza algo além dos
limites que a palavra e a severidade dos conceitos impõem aos sentimentos
juvenis do coração.
Alma de Lua
Claudio Pierre
(Do Registro - FRAGMENTOS)
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