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domingo, 23 de dezembro de 2018

GERAÇÃO WHATSAPP II

Não tenho ambição de viajar ao redor do mundo a cada temporada...

Em função disso,

Não sou daqueles que considera um desperdício retornar muitas vezes ao mesmo local que me trouxe Paz, sob a alegação:
- Já estive aqui.


Na condição de escritor e artista, não tenho a obsessão por adicionar seguidores nas redes sociais; bem como, infinitos amigos virtuais nos incontáveis “Grupos da hora”, que estão ao alcance de nossos dedos...

Em função disso,

Considero que estar em meio a multidão não me torna mais social e feliz.


Na outra ponta solitária...
Muito se propaga da importância de ler um livro pela contabilização da quantidade...

Contudo, pouco se destaca sobre a qualidade da leitura...

Afinal, de nada vale ler avidamente um livro por dia, e esquecer do seu conteúdo no dia seguinte.

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Em função desse texto que desenvolvo:
- Depreendi uma dessas histórias profundas e atemporais recebida de “autor desconhecido”, que em síntese, sob minha interpretação, transcrevo abaixo:

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“Em uma excursão, um dos integrantes causava surpresa aos demais, pois era o único que não estava registrando / filmando o percurso “em tempo real” com seu “moderno dispositivo”.

Após tal “perplexidade”, um dos integrantes do passeio, que inclusive filmou esse “fenômeno”, não se conteve e perguntou para ele:

- Por que você não está filmando como nós?  

Ele responde: - Prefiro registrar cada momento AGORA MESMO!”

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Essa é uma das características da Geração Whatssap:

- Compulsivamente vivencia indiretamente o processo sutil da Emoção, não absorvendo o Essencial no Presente => Diretamente.

Esse é um dos motivos pelos quais, a Arte da Vida fica mais artificial; pois o superficial sobrepõe-se ao profundo:

A cada paisagem, A cada Ação...

As atividades mais vitais para reafirmação da sensibilidade da nossa Condição Humana são “armazenadas” em um “moderno aparelho”; antes de integrarem nossa Essência Vital.


Claudio Pierre

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Meu comentário: Esse não é um privilégio dessa geração atual... 

Ao longo do tempo, repete-se esse fenômeno sobre as Massas, sobre as Pessoas que são guiadas pela sugestão que vem do exterior – a cada apelo à “modernidade da hora”.   

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

A VIDA


De Mário Quintana
*A VIDA*

"Depois de muitas quedas, eu descobri que, às vezes, quando tudo dá errado, acontecem coisas tão maravilhosas que jamais teriam acontecido se tudo tivesse dado certo. 

Eu percebi que quando me amei de verdade pude compreender que, em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa.
Então pude relaxar... pude perceber que o sofrimento emocional é um sinal de que estou indo contra a minha verdade.
Parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Desisti de querer ter sempre razão e com isso errei muito menos vezes.
Desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Isso me mantém no presente, que é onde a vida acontece.
Descobri que na vida a gente tem mais é que se jogar, porque os tombos são inevitáveis.
Percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Também percebi que sem amor, sem carinho e sem verdadeiros amigos a vida é vazia e se torna amarga.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou
construir um castelo..."
                         *Mário Quintana*

ORAÇÃO DO ABRAÇO




Quando os meus sentidos auscultam o seu silêncio...
– Pacifico o Ser.

À medida que meus braços envolvem o seu contorno com ternura...
- Delimito o pequeno universo que me circunda

Pois depreendi que sua imóvel serenidade
É um convite para acessar o espaço de relativo equilíbrio
Que HABITA em cada um de nós.  

Sendo assim,

Ao abraçar a árvore – mesmo à distância...
Estabeleço conexão simultânea da eterna criança que existe em mim

Com o Ser Atemporal que em comunhão silenciosa
Conecta com a Unidade entre as Dimensões.  
                                                                             


                                                                       Claudio Pierre