O
sentido mais estimulado nos dias atuais, sem dúvida é a Visão...
As cores
e formas estão assumindo uma exagerada valorização para a maioria das pessoas.
No
entanto, nenhum órgão dos sentidos, isoladamente tem grande correspondência no
sentido evolutivo; pois existe pela própria natureza uma cooperação entre eles,
e interação que muitas vezes passa despercebida por nossa limitação natural.
Estou me
sentido realmente incomodado pela variedade de propaganda que seguindo a mesma
linha das Tevês – explora sem nenhum compromisso com estética e equilíbrio
entre informação e formação – pela única e exclusiva direção de “vendagem de um
produto”...
Há uma
desconexão bem clara, e consequentemente uma lavagem cerebral, quando
continuamente recebemos padrões de : comportamento, beleza, estética, opinião,
etc... Sem nenhum compromisso com espiritualidade.
O que
acaba “marcando” são as imagens recebidas diretamente pelo olhar – ao ponto de
sufocar a importância de outros sentidos tão igualmente importantes e vitais.
De forma
que, pouco me importa se o carro do ano está associado com algo tão subjetivo
como a liberdade, pois certamente um bem material não tem capacidade de
objetivamente trazer paz para ninguém; em grande parte das vezes, muito pelo
contrário...
Se
determinado cartão de crédito me dá “acesso” as melhores opções do planeta,
pois a finalidade do mesmo, seria simplesmente atender minhas necessidades
comuns e básicas – sem precisar de serviços internacionais, nem ao menos
interplanetários.
Associar
o padrão de beleza – masculino ou feminino a uma marca padrão de: roupa,
shampoo, perfume, etc... Como se comprar determinado produto nos desse poder de
transformação no que não somos e necessariamente não deveríamos ser – cada qual
com sua própria característica (e principalmente aceitando-a); é mais criativo
do que TODOS devidamente pasteurizados...
E por
fim, esta associação de Padrão de vida às pessoas mais novas – como se a flor
da idade representasse possibilidades únicas de felicidade; e após os 40 nada
mais restasse a não ser na condição de expectador/consumidor – admirar, imitar
e se maravilhar com a indústria do olhar que vende um tesouro tão falso como
limitado, quanto às reais possibilidades de evolução, tal como o processo
contínuo e absoluto como é o da existência.
Logicamente
que a vendagem é importante; porém, se ela está associada com ilusão; inclusive
desempregam-se muitas pessoas que poderiam havendo criatividade divulgar
determinado produto, sem os clichês de “padrões de Beleza”; além do que na
pressa de realizar o “apelo ao consumo” atropelam-se por vezes, padrões de
espiritualidade, que seriam importantes para conscientização e educação de uma
Consciência Coletiva.
Claudio Pierre
(Extraído do Registro METRALHA)
Nenhum comentário:
Postar um comentário