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quarta-feira, 20 de março de 2013

BRASIL - O POVO E OS GOVERNANTES




DISCURSOS DE UM PLEBEU 

1º Discurso

O Povo e os Politicos e Governantes...

Existe uma distância fenomenal ao longo das Eras, entre esses atores e o Povo; cada qual seguindo uma reta paralela, que no modelo de Poder estabelecido, nunca se encontrarão...

Embora de maneira geral, os Governantes e os Políticos caracterizem o seu discurso direcionado a basicamente dois aspectos: 1º - Ser próximo do eleitor, como um “parente”; 2º - Se credenciar como “o único” qualificado para resolver os problemas que afligem o povo.

No entanto, na prática, a única relação direta entre ambos e o povo é a necessidade do voto, pois as dinâmicas de vida são totalmente diferentes, basicamente porque o Poder é excludente, pois pressupõe vantagens e privilégios dos Governantes e Políticos sobre a massa; ou seja, o próprio Povo.

Surge imediatamente a palavra Política, que têm sua origem em - Governo do Povo, pelo Povo e para o Povo.

Na realidade a utilização pratica desse termo se constitui em uma falácia, pois impera na prática a “politicagem”, que conceituo justamente como – ter privilégios, e fazer parte de uma “elite” que detém Poder.

Qualquer político tradicional se sentiria extremamente “ofendido” por essa declaração; no entanto, o povo bem entende o que quero dizer. E é natural, pois a população tem sofrido na pele, todos os descasos de “políticas desastradas”.

É muito fácil constatar que os que exercem a Politicagem usufruem um sistema de benefícios totalmente diferente daqueles “oferecido” ao povo.

Assim, quando do alto dos palanques aqueles que se intitulam “políticos” proferem as 04 palavras mágicas, que não podem faltar em seus discursos, os Serviços Públicos: Saúde, Educação, Segurança e Transporte. Decididamente, a qualidade desses mesmos serviços efetivamente não é a mesma para a classe política e os seus familiares, e para o povão; ou seja, o privilégio me parece um expediente da Politicagem.

De modo que enfatizo novamente o questionamento:
– Será que se os Políticos Governantes e seus familiares utilizassem os Serviços Públicos, oferecidos a População, a qualidade desses Serviços seria tão baixa??!!

É muita demagogia, um cidadão aparecer na mídia, sensibilizado com a miséria, se nunca em sua vida, esteve envolvido com ela, direta ou indiretamente; ou mesmo, quando empossado em um determinado cargo político, venha a se servir de determinados privilégios, regalias que o seu cargo conduz.

Não quero expressar que o Político tenha de viver na miséria; mas, quero dizer que a resolução dos problemas do Povo, não pode representar uma divisão entre duas realidades totalmente diferentes – de um lado o Povo, oprimido; do outro lado o Político / Governantes, com sua soberba e vantagens estipuladas pela própria classe Política e Cargos Executivos. Ex.: Imunidade Parlamentar, Aposentadorias, Decisão sobre o próprio salário.

.NOTA – Imagine se por acaso houvesse algum tipo de atraso no salário desses personagens. No dia seguinte eles estariam em cadeia nacional bradando sobre a Inconstitucionalidade de nossa Carta Magna; no entanto, eles não se manifestam dessa forma quando o artigo abaixo que consta na Constituição é totalmente violado:

“CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;”

Esse Teatro é antigo. Geralmente a classe politiqueira vê muitas “dificuldades” em modificar as distorções do Poder; que eles mesmos legislam; porém, na realidade a simplicidade, nunca foi um caminho tão complexo assim. Por exemplo, nas eleições poderia haver um plebiscito onde o próprio povo decidiria se é a favor, por exemplo, da Imunidade Parlamentar; bem como dos inúmeros artifícios que os nossos legisladores criaram para, por exemplo, não serem presos por desvios de verbas públicas bem como devolverem aos cofres públicos os recursos desviados...
 
Esse é um exercício simples e possível da Política, já que somos considerados pelos políticos em épocas de eleição, como os “chefes da nação”.   

De imediato surge uma questão muito pouco aprofundada, justamente porque não interessa aos que detém um “certo poder”, desde Diretor de Sindicatos, até Síndico de Condomínio –
- O que seria a representatividade? 
Nos discursos posteriores, também abordarei a outra face da moeda. O Povo que é de certa forma indolente e co-responsável pela sua própria alienação.  

Claudio Pierre (extraído do registro Discursos de um Plebeu e Diálogos Consciência).

=> Meu comentário - Existe uma coisa que esse Poder instituicionalizado faz muito bem - Blindagem.
O povo não é bobo, reconhece exatamente os problemas, mas como transpor essa blindagem na qual os Politiqueiros de plantão se escondem...
Governantes e Políticos honestos essa deveria ser a regra não a excessão.

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