E um longo caminho... Até chegar ao público, e quiçá
encontrar o ouvinte que se deixe magnetizar pela limitação do seu inebriamento
musical.
Bem antes desse suposto contato entre a Música e o Ouvinte –
gostaria de render um tributo àqueles que se dedicaram e se dedicam ao estudo da Arte; bem como, aos
que se dedicam com afinco ao ofício de tocar um ou vários instrumentos musicais
– dia após dia.
Esta nobre jornada requer uma dimensão de consciência
diferenciada, pois no contínuo exercitar buscando a criação de uma arquitetura
sonora pessoal, se faz necessário certa limitação aos castelos de areia de um
mundo essencialmente intitulado como “real”.
Tenho a impressão de que a grande mensagem que o músico
expressa nunca será devidamente traduzida pela palavra, ou por qualquer outra
manifestação, senão por esse som que chega aos meus (nossos) ouvidos, e que
abre um portal para além desse mundo material.
Claudio Pierre
(Do Registro - Para os Músicos)
Meu comentário => Numa perspectiva tão superficial que caracteriza esse tipo de Sociedade que "tem pressa" (de ter, de pensar, de ganhar dinheiro e de viver...)... Grande parte das pessoas não consegue captar o "Espírito da Coisa" - pois a Música pode ser uma tremenda manifestação de expressão de sentimentos, caso estejamos com os nossos "canais" devidamente receptivos para tal.
Venho dedicando grande parte da minha vida buscando dentro de minha limitação criar essa arquitetura sonora pessoal; mesmo que o sentido das "massas" privilegie algo que se opõe a Unidade, pois, Música de qualidade é a mesma coisa que entretenimento.
No entanto, entretenimento, passou a ser sinônimo de: "qualquer coisa serve"- desde que tenha muito movimento e de preferência muito estímulo visual, gritaria e barulho.
A pouca importância que damos a qualidade do que fazemos, retrata essa sociedade superficial em que vivemos...
As Tv´s e mídias congêneres só reforçam essa distorção massificando a audiência para esse determinado enfoque de entretenimento.
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