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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

O SAGRADO



Na medida em que o profano assume maior importância em nossas vidas, reforçado por toda uma pseudo cultura de valores estéticos, morais que caracterizam essa "programação global" - somos estimulados por diversos tentáculos a seguir como "cordeirinhos" determinado comportamento que é considerado o único modelo real... 
Assim através dos canais de comunicação, formais e informais, vamos recebendo "certas sugestões" que sendo aceitas, fazem com que percamos a sensibilidade de observação quanto aos valores sagrados...

Desse modo o elemento básico de referência (que seria a presevação da nossa subjetividade de pensar por nós mesmos) fica dissociado de nossa capacidade de percepção e identificação, para com valores da alma, indispensáveis para um relativo equilíbrio entre o real e o ilusório...

Não enxergamos mais o sagrado nas atitudes mais simples como: alimentação, descanso mental e físico, asseio...

Somos bombardeados por uma série de condicionamentos robotizantes que geralmente, induzem o corpo para um distanciamento cada vez mais acentuado do espírito.

Se a relação sexual tem como finalidade sagrada, preparar o Ser para um estado de troca envolvendo elementos tão profundos e sutis como o mergulho de Dois Mundos em Um Só; recebemos a propaganda que diz nas entrelinhas: “Use camisinha e pode transar com quem bem entender...” 

Se o estudo tem sua finalidade sagrada ao ocupar a mente humana em algo nobre  e válido dentro da habilidade/capacidade de cada um Ideal/Amor – Oficializa-se e robotiza-se a massa a perseguir unicamente a possibilidade de Prostituição/Diploma – para obtenção de um Status de vida tido como “vencedor” – e geralmente formando consciências ainda mais robotizadas e preparadas não para o exercício da liberdade, mas para o aprisionamento de valores essenciais de crescimento interior.

A autenticidade, simplicidade e sinceridade – como requisitos básicos para o exercício de uma troca realmente evolutiva entre as pessoas – numa revolução sagrada; é substituída pelas máscaras sociais que por vezes, levam o caráter para abaixo de zero.
Como construir um mundo novo e mais fraterno?!?!?!?!
O desencontro com o sagrado em nossas vidas, que caracteriza a necessidade de muito pouco para ser feliz; é substituída pela idéia da luxúria e do acúmulo de posses e privilégios que caracterizam os PODEROSOS – aqueles que detêm o poder oficial ou extra-oficial sobre os outros, geralmente no pressuposto de auxiliá-los e representá-los.

Por isso a ausência do sagrado e a valorização do profano – representam uma perda de tempo e Energia criadora.

  Claudio Pierre

(Extraído do Registro METRALHA) 






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