Na medida em que o profano assume maior
importância em nossas vidas, reforçado por toda uma pseudo cultura de valores
estéticos, morais que caracterizam essa "programação global" - somos estimulados por diversos tentáculos a seguir como "cordeirinhos" determinado comportamento que é considerado o único modelo real...
Assim através dos canais de comunicação,
formais e informais, vamos recebendo "certas sugestões" que sendo aceitas, fazem com que percamos a sensibilidade de observação quanto aos valores
sagrados...
Desse modo o elemento básico de referência (que seria a presevação da nossa subjetividade de pensar por nós mesmos)
fica dissociado de nossa capacidade de percepção e identificação, para com
valores da alma, indispensáveis para um relativo equilíbrio entre o real e o
ilusório...
Não enxergamos mais o sagrado nas
atitudes mais simples como: alimentação, descanso mental e físico, asseio...
Somos bombardeados por uma série de
condicionamentos robotizantes que geralmente, induzem o corpo para um
distanciamento cada vez mais acentuado do espírito.
Se a relação sexual tem como finalidade
sagrada, preparar o Ser para um estado de troca envolvendo elementos tão
profundos e sutis como o mergulho de Dois Mundos em Um Só; recebemos a
propaganda que diz nas entrelinhas: “Use camisinha e pode transar com quem bem
entender...”
Se o estudo tem sua finalidade sagrada
ao ocupar a mente humana em algo nobre e
válido dentro da habilidade/capacidade de cada um Ideal/Amor – Oficializa-se e
robotiza-se a massa a perseguir unicamente a possibilidade de
Prostituição/Diploma – para obtenção de um Status de vida tido como “vencedor”
– e geralmente formando consciências ainda mais robotizadas e
preparadas não para o exercício da liberdade, mas para o aprisionamento de
valores essenciais de crescimento interior.
A autenticidade, simplicidade e
sinceridade – como requisitos básicos para o exercício de uma troca realmente
evolutiva entre as pessoas – numa revolução sagrada; é substituída pelas
máscaras sociais que por vezes, levam o caráter para abaixo de zero.
Como construir um mundo novo e mais
fraterno?!?!?!?!
O desencontro com o sagrado em nossas
vidas, que caracteriza a necessidade de muito pouco para ser feliz; é
substituída pela idéia da luxúria e do acúmulo de posses e privilégios que
caracterizam os PODEROSOS – aqueles que detêm o poder oficial ou extra-oficial
sobre os outros, geralmente no pressuposto de auxiliá-los e representá-los.
Por isso a ausência do sagrado e a
valorização do profano – representam uma perda de tempo e Energia criadora.
Claudio Pierre
(Extraído do Registro METRALHA)
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