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segunda-feira, 21 de maio de 2012

A UNIDADE DA VIDA

Por volta de 1982 eu trabalhava em um escritório de uma Editora de livros jurídicos.

Certa vez o responsável pelo escritório levou seu filho, que tinha aproximadamente 12 anos, e que era uma criança muito estudiosa e inteligente.

Tivemos um diálogo que resumidamente consistiu no seguinte conteúdo:
Perguntei a ele o que ele fazia e estudava, e ele me apontou uma série de atividades e interesses voltados para sua formação geral, inclusive estudo de idiomas.
Era um menino considerado popularmente "cdf" ou "Nerd" nos padrões sociais.

Porém em minha avaliação se tratava de alquém que tinha o estímulo adequado e proporcional com total apoio dos Pais.

Mas o mais interessante, foi quando ele me perguntou:
E você tio? Quais são as suas atividades e interesses?

Foi quando lhe falei que entre 10 e 11 anos, tinha iniciado meu estudo de Violão e Teoria Musical, e a partir daí vinha adicionando ao longo do caminho áreas de interesse voltadas para as Artes e Meditação.

Foi quando ele retrucou:
- Tio você não me entendeu, quiz dizer o que Sr. faz de "ÚTIL".

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Sempre que posso reproduzo esse diálogo, para contextualizar algo que minha  experiência só vem a confirmar, à despeito do que alguns dizem por aí.

As áreas abstratas, ou seja, as "áreas inúteis" não tem o devido respeito de uma sociedade estruturada materialmente.

E o grande problema ao meu ver consiste simplesmente na divisão que estabelecemos da Unidade.

De modo que as páginas desse Blog, não são meramente "palavras inúteis"; bem como todo o rico Universo Artístico que move qualquer pessoa que busque traduzir o sentimento subjetivo ao seu redor.

É esse o sentido que prevalece em meu caminho - Ser um instrumento da Arte nas atividades que desenvolvo.

Poexistência é valorizar a Consciência da Unidade - que vem a rebater a ignorância da divisão do que é "útil" e "inútil". 

Claudio Pierre   

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