Como posso ser normal se minha mente não se alimenta de
esperanças,
Naquilo que minha potencialidade me conduz.
Se a escola me deseduca de aprender Liberdade.
Onde o conhecimento é chave em mãos de um deus vulgar e
mesquinho, que vende a idéia de superioridade - uns sobre os
outros.
Como posso Ter Energia, satisfação pessoal - sensibilidade e
alegria pela vida, se sou projetado para ser como um barco à deriva,
naufragando em um Oceano que não me conduz a lugar nenhum.
Claudio Pierre
(do livro de Poesias Caminho(s)
=> meu comentário: Quando o acesso a "educação" ao "diploma formal" é apenas uma condição de mercado para "ganhar mais"... Quando o "conhecimento" passa a ser adquirido sob a "pretensão" de superioridade de "uns sobre os outros", e não como ferramenta para transformação e valorização da humanidade - ao meu ver, perdemos a conexão com a nossa natureza humana.
Por essas e por outras é que a Arte, e consequentemente o Artista que busca desenvolver elementos relacionados com a sensibilização da essência do Ser, tem sua expressão geralmente "atropelada" e "sufocada" por uma "estrutura de mercado" que não concede espaço para o subjetivo, e com isso "padroniza" o que considero indústria de entretenimento a serviço de uma única diretriz voltada exclusivamente para o lucro material.
Nesse contexto pouco importa o valor e a qualidade da mensagem artística, desde que atenda aos princípios de um determinado "modelo de sucesso".
É então que para aquele mais desavisado: - "Qualquer coisa serve"...
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