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sábado, 4 de agosto de 2012

DELÍRIO

Eu quero voltar a sentir na pele o gozo perdido
A sensação que me complemente e me faça mergulhar em um único
corpo, numa única direção.

Quero sentir a paixão febril ao meu corpo ardente de calor,
Na emoção de um Abraço, no contato de nossos sexos
- sem preconceitos, sem hipocrisias...

Estou delirando porque perdi esse encantamento, essa predisposição
apaixonada.
E todos nós perdemos um pouco desta Magia,
Na medida em que o Relógio Humano nos existe o compromisso que
aprisiona.

Estou em Maia porque meu olhar carente busca a cumplicidade
perdida ao meu redor - sem direção.

O ser é escravo de sua natureza errante e de seu olhar...

Escravos somos de nossa própria Condição Humana.

    Claudio Pierre
(do livro de Poesias Caminho(s))

meu comentário => Em uma de minhas poesias escrevo: "Solidão- fada singela, liberta a Imensidão de Estrelas aflitas por encontrarem a Luz"...

Assim como em uma de minhas composições instrumentais - Mistérios da Criação.

Considero que uma das funções da Arte seja justamente vasculhar os enigmas de nossa escravidão;
bem como, revelar esse contexto com relação a nossa condição humana...

Aquele que busca somente palavras, não pode compreender a extensão de um pensamento / sentimento que brota na Poesia.

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