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domingo, 26 de janeiro de 2014

O ESPÍRITO DA COISA V

De fato, é mais “cômodo” e “confortável” aceitar a sugestão de que a única expressão da realidade seja seguir os passos de alguma fórmula bem sucedida socialmente de fora para dentro...  

Assim, os projetos pessoais geralmente são estruturados com base nos pressupostos:
- Qual a profissão que “está” mais valorizada no mercado?!?

- Qual a estratégia para ganhar dinheiro o quanto antes, mesmo que sepultando em meu Ser o Sonho e o Ideal?!?

Curioso que nesse contexto, profissões fundamentais para a formação humana, como por exemplo: 
Professor (aquele que tem compromisso e vocação com a Educação);
e Músico (digo o músico que estuda e não o que entra no circuito comercial, direcionado para o mero entretenimento, sem nenhum compromisso ideológico); são cada vez menos, valorizadas pela “Sociedade”...

É deprimente observar que esse contexto é estimulado de modo geral em diferentes áreas da Sociedade, gerando distorções salariais absurdas entre as classes, e “argumentações” como, por exemplo:

- Ser profissional é trabalhar onde te pagam mais; pouco importa “questões secundárias”, tais como: ambiente de trabalho, relações pessoais, etc... // Afinal, o dinheiro compra tudo até a Felicidade! (Será?)

- Se “fulano” recebe salário x elevado ao milésimo é porque ele merece por ser “o melhor”; e seu salário corresponde ao tal “valor de Mercado” – quando esse fator x é infinitamente desproporcional a maioria do cidadão comum; mas, o tal de valor de mercado não tem nada a ver com isso (mas deveria).


                 Claudio Pierre

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