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domingo, 3 de fevereiro de 2013

O ESPÍRITO DA COISA II



A idéia (programação) que move (programa) o mundo (digo as massas) é o Moderno; ou seja; como se fosse realmente possível, nos deixamos (digo as massas) programar pela idéia de que estamos na vanguarda quando conectados dos mecanismos do presente – entendam-se os “modismos do marketing televisivo e congêneres” e as novas tecnologias criadas a cada segundo, com o foco principal nessa programação.

Particularmente quanto às tecnologias, elas vão “modernizando” com velocidade surpreendente os “mecanismos” que usamos para a conexão com essa idéia imposta pela “atualidade”... 

Assim, celulares, Tv´s e tantos outros desses artefatos, são substituídos compulsivamente, trazendo uma sensação:

- A conexão com a modernidade impõe que o antigo (que é o hoje), seja descartado pelo moderno (do dia seguinte) – dessa maneira a “fórmula mágica” é seguir sem contestação o que é muitas vezes imposto comercialmente pelo grande supermercado que é o movimento da Globalização.

Fico observando essa distorção da essência (que é exatamente aquele espaço do atemporal ao alcance de quem se conecta com ele), em diversos aspectos; particularmente no meu campo de atuação a Música.

Assim, a tecnologia cria o moderno inclusive com programas de editoração de partituras (inclusive utilizo um deles); mas lá no “passado” foram criadas verdadeiras obras primas musicais, que na verdade ressaltam exatamente o que considero Atemporalidade (muito mais do que “moderno” ou “antiquado”), em que os Criadores não dispunham e nem imaginariam utilizar os recursos dessa “modernidade” para suporte em sua Obra, e mesmo assim, de alguma forma se “conectaram” com a Fonte que sempre esteve lá; para ser atual – “Na Nuvem”... 

A juventude (massa) de hoje (ou de sempre), costuma ouvir música dividindo entre o “moderno” e // o “antiquado” e “ultrapassado” – é uma pena, pois sob a ignorância dessa programação voltada para um tipo de marketing que só programa para frente, se atrofia o cérebro para uma das características mais profundas de nossa essência humana – A expressão e a sensibilidade para se conectar ao Sentimento da Essência – este é Atemporal. 

             Claudio Pierre

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