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domingo, 17 de junho de 2012

QUANTO VALE A SUA HORA?

Um menino, de voz tímida e olhos cheios de admiração, pergunta ao pai quando este retorna do trabalho:
- Pai, quanto o senhor ganha por hora?
O pai, num gesto severo responde:
- Meu filho, isto nem a sua mãe sabe. Por isso, não me amole, estou cansado!!!
Mas o filho insiste:
- Mas papai, por favor, diga, quanto o senhor ganha por hora?
A reação do pai foi menos severa e ele respondeu:
- Três reais por hora.
- Então, papai, o senhor poderia me emprestar um real?
O pai, cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu:
- Então essa era a razão de querer saber quanto eu ganho? Vá dormir e não me encha mais o saco!

Já era noite, quando o pai, por algum momento raro, começou a pensar no que havia acontecido com o filho e sentiu-se culpado. Talvez, quem sabe: o filho precisasse comprar algo...
Querendo aliviar sua consciência, foi até o quarto do menino e, em voz baixa, perguntou:
- Filho, está dormindo?
-Não papai! - O garoto respondeu sonolento e choroso.
-Olha, aqui está o dinheiro que me pediu: um real.
- Muito obrigado, papai!
Levantando-se rapidamente e retirando mais dois reais de uma caixinha que estava sob a cama, disse:
- Agora já completei, papai! Tenho três reais. Poderia me vender uma hora do seu tempo?

        Nota:  Recebi esse texto da Internet por volta de 1990 - não sei quem foi o autor

Meu comentário: A questão é => em que medida o sentimento do coração pode intermediar a forte pressão social que "nos programa" para que tudo ao nosso redor se reduza unicamente a uma questão de compra e venda. Pressão essa que de modo geral induz o Ser a perder a sua Condição de Humanidade.

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