C A M I N H O S
Queria expurgar de mim
Os desejos fúteis,
Parar o tempo.
Penetrar no mais profundo silêncio d alma.
Nem mesmo Ter um nome, uma identidade ou profissão
Solto no espaço, tal como uma pena que não traça
sua rota ao vento,
Que não pensa e nem planeja nada.
Assim como o Curso do Rio,
Que segue seu Destino.
Assim como a chama do Místico,
Que o sopro da Existência
Não consegue apagar.
Neste sentido pressinto o caminho,
De onde se silencia
Até mesmo o querer.
Claudio Pierre
Esta é a poesia incicial do meu Livro de Poesias Caminhos, publicado pela Editora Litteris em 2001.
Naquela época ainda era bancário e sonhava com a possibilidade de talvez, um dia, viver integralmente das atividades artísticas que hoje constituem o meu Projeto Holístico, iniciado efetivamente, um pouco mais tarde em 2004.
Pretendo registrar neste Blog boa parte dessa trajetória baseada em paciência e perseverança com Poesias deste livro e diversos registros ainda não publicados.
Em meu trabalho artístico, chamo a atenção para a importância do exercício de uma auto consciência, pois considero que um dos maiores problemas da Sociedade seja a aceitação sem constestação de um modelo padronizado que "pensa por nós" e estabelece por vezes uma única direção a seguir que induz ao atrofiamento de nosso Ser e Sentir em detrimento de uma forma única de Pensar e "premeditar" o Caminho a ser seguido...
Um comentário:
Adorei o poema. Realmente o mundo caminha para o individualismo, mas ao mesmo tempo trabalha para a anulação do indivíduo...
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