A minha
história na alfabetização começou por acaso quando , na faculdade ,
encantei-me com os textos
da Emilia Ferreiro . E mais tarde ,
trabalhando de maneira bem diferente
do que se fazia usualmente
nas escolas , com
o despertar da leitura
e escrita dos meus
alunos da prefeitura
do Rio de Janeiro .
Evoluiu quando compartilhei meus saberes na
formação de professores
alfabetizadores na SME e continua hoje , na escola ,
como orientadora pedagógica .
No entanto , ela
não tem fim
porque um
pouco de tudo
que vivo ,
construo, aprendo e sinto, como é
compartilhado, seja bom ou ruim , ou parte do caminho , fica, de um
jeito ou
de outro , naquele que
comigo somou em
existência .
A minha
história na literatura
começou quando minha
mãe e professora na época ,
instituiu o “Caderno de criatividade ” no lugar
das aulas de redação
e comecei a achar que
poderia escrever .
Alimentou-se nos encontros
mensais do extinto
Poexistência e hoje continua nas
publicações ocasionais para novos autores e nos cinco blogs que
alimento . Já
não escolho
escrever , sou escrava
da palavra . No entanto ,
ela também
não tem fim
porque os livros
mudam de lugar , as palavras
lidas ou
ouvidas permanecem em algum canto da memória , os sites
correm mundo e as gavetas
se abrem ainda que
voltemos ao pó . Escrever
é buscar a imortalidade .
A minha
história na maternidade
começou num desejo imenso
de ser muitas. O desejo
tanto cresceu que
se multiplicou em dose
dupla . Hoje
ela continua nos
primeiros sorrisos ,
palavras , beijos ,
danças e gracinhas das minhas en-cantáveis meninas. E alimenta
as outras duas histórias . No entanto , ela também não tem fim porque
escrevemos todos os dias ,
a oito mãos ,
uma página . Páginas
de um livro
– a gosto de eterno
- onde de tudo fica um pouco , onde fica um pedaço de mim ,
ou melhor ,
dois pedaços ,
cada um
em seus
diferentes contornos ,
mas sempre
pedaços de mim .
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